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Gradiente rosa

Identidades museificadas: como as narrativas curatorial de museus nacionais por meio de exposições de arte se tornaram plataformas discursivas para a criação de identidades modernas
no Brasil e na Grécia.

Sabe-se que as assimetrias de poder historicamente continuam impactando nas disputas narrativas sobre o processo de invenção moderna das identidades, e os museus utilizam das exposições de arte como plataformas discursivas para publicizar o seu próprio discurso identitário. Entretanto, há lacunas neste processo principalmente na escuta ativa da percepção da sociedade sobre estes enunciados. Desta forma, o objetivo geral desta pesquisa de doutorado é esboçar uma teoria que faça a mediação entre a museificação das identidades modernas inventadas pelos museus nacionais e a recepção destas pelos públicos a partir das experiências vivências nas visitas nos museus bem como nas vivências pessoais e coletivas relacionadas aos temas trazidos pelas curadorias. Para isto será feita uma etnografia por meio da metodologia do antropólogo como curador (Sansi, 2019) tendo como campo de pesquisa duas exposições de arte, uma em Brasília no Brasil e outra em Atenas na Grécia. 

 

A primeira chamada “Brasil Futuro: as formas da democracia” realizada em 2023 no Museu Nacional de Brasília, com curadoria de uma equipe formada pela historiadora e antropóloga Lilia Schwarcz, o arquiteto Rogério Carvalho, o ator Paulo Vieira e o secretário de Cultura do Partido dos Trabalhadores (PT), Márcio Tavares. Reunindo cerca de 180 obras de artistas diversos e múltiplas linguagens como pinturas, esculturas, desenhos, videoarte, entre outras, a mostra foi organizada em três grandes grupos. “Retomar Símbolos”, que celebra a democracia e busca resgatar os símbolos nacionais. “Decolonialidade”, que revisita pautas do feminismo, da negritude, dos povos originários, do movimento LGBTQIA+. E finalmente, o terceiro grupo chamado: “Somos nós”, que convida o público a refletir sobre a riqueza étnica, de gênero, regional e de linguagens presentes na cultura do Brasil. 

 

E a segunda exposição chamada “Urbanografia – A Vida da Cidade nas décadas de 1950-1970” foi realizada em 2024 na Galeria Nacional de Atenas com curadoria da historiadora da arte e diretora do museu Syrago Tsiara. A exposição apresenta um conjunto de representações da cidade numa variedade de suportes da arte grega com 211 obras de arte, abrangendo pintura, escultura, gravura, instalação, fotografia e filme das décadas de 1950, 1960 e 1970, procurando demonstrar a rica diversidade da experiência urbana. A exposição foi dividida em sete eixos: Cenário urbano, Nostalgia, Local de construção, Visão de perto, Espetáculo, Dramas e conflitos e Materialidades. 

alyssoncmrg@gmail.com

Goiânia, GO, Brasil

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