Assim como as veias do nosso corpo transportam oxigênio e nutrientes para mantermos a nossa saúde, proteção e bem-estar, os rios cumprem a mesma função, eles são grandes veias que atravessam as longas planícies brasileiras desde as suas nascentes em direção ao mar.
Os rios carregam uma das fontes primordiais da vida, a água, e por meio dela que é possível a criação de grandes ecossistemas, florestas e toda uma rede de relações sociais, políticas e comunitárias por onde atravessam.
Nas fotografias de Priscila Tapajowara conseguimos observar esse encontro entre o rio e ela, a cineasta mesmo escreve em uma de suas fotos: “Meu corpo e minha alma pedem água onde possam mergulhar”.
Aqui chegamos a outra reflexão, sobre a relação entre homem e natureza. As populações ribeirinhas têm um conhecimento riquíssimo sobre as florestas, os rios e os animais. Elas mantêm um vínculo de harmonia com esse ambiente por meio de seus saberes ancestrais.
Nós, não indígenas, temos muito a aprender com a cultura ribeirinha, no sentido de compreendermos que assim como precisamos do sangue que corre em nossas veias para nos manter vivos, também precisamos dos rios, das florestas e do rico ecossistema amazônico, não somente para que nossa espécie permaneça, mas para vivermos de forma mais conectada com a natureza e, dessa forma, conseguirmos superar os desafios atuais.
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